Carta aberta

São Paulo, maio de 2009

Desde meados de 2006 iniciou-se, na cidade de São Paulo, a organização de um grupo que fosse capaz de discutir a Fonoaudiologia a partir da perspectiva do Trabalho, vislumbrando o Sindicato como forma de organização de classe.

O grupo foi se formando após inúmeras reuniões convocadas no intuito de aglutinar interessados em repensar as questões colocadas para a classe trabalhadora em nossa profissão. Essas reuniões, inicialmente, foram convocadas por pessoas ligadas ao antigo Sindicato da Baixada Santista, professoras e fonoaudiólogos recém-formados.



Acabou por formar-se um grupo pró-sindicato, a partir de pessoas que desde a graduação já militavam no movimento estudantil e em outras organizações por uma transformação na sociedade. Guiados pelo debate das realidades a partir da troca de experiências, por referências teóricas e materiais do próprio sindicato, o grupo passou a dialogar concretamente no sentido de compor uma chapa para conduzir a entidade.



Inicialmente, a proposta era de ampliar a base do Sindicato da Baixada Santista, uma vez que seus representantes o diziam em caminho de fechar. Descobriu-se, porém, que o Sindicato de São Paulo não estava fechado, como se imaginava, mas inativo.
 Eis que o Sindicato da Baixada Santista encerra atividades e inicia-se uma mobilização no sentido de regularizar a situação do SindfeSP (que abrange a região da grande São Paulo e ABCD), que possuía pendências financeiras e administrativas, que impediam seu fechamento e, mesmo, a convocação de novas eleições.
 Assumiu-se uma postura cautelosa como forma de evitar que tais pendências inviabilizassem o projeto desse grupo pró-sindicato de uma luta sindical comprometida de fato com a defesa dos direitos adquiridos pelos trabalhadores e, mais especialmente, a serem conquistados pelos fonoaudiólogos.

A construção de tal proposta não se interrompeu em nenhum momento, vale ressaltar, apesar de o grupo ter sido alijado de algumas etapas do processo de regularização do Sindfesp por alguns fonoaudiólogos ocupantes de cargos e comissões responsáveis por esta.

Foi chamada uma Assembléia em 2 de junho de 2008, no Conselho Regional SP, 2ª região, na qual constituiu-se uma junta diretiva que teria um prazo de 60 dias para proposição de um calendário eleitoral e organização das contas.

Este é o estado atual das questões concernentes à organização na fonoaudiologia: não ocorreu publicização dos desdobramentos desta junta, apesar de ainda haver movimentação deste grupo pró-sindicato, no sentido de discutir com os trabalhadores em Fonoaudiologia a situação do mundo do trabalho.

Manifestamos a posição de nos manter firme na luta pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária, conforme a histórica luta da classe trabalhadora no país e no mundo. Fazendo a entidade instrumento para tal, acredita-se que, somente a partir da coalizão dos fonoaudiólogos será possível atingir esses objetivos e convidamos a todos e todas para acompanhar esse processo, discutir com outros fonoaudiólogos e buscar informações nas nossas entidades de categoria.